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Sim, Somos Todos Um, Mas Não Somos Iguais

  • Foto do escritor: BADDU
    BADDU
  • 17 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura


 



 

O conceito de unidade é um ensinamento fundamental de Bhagavad Gita, mas assumirmos que somos totalmente iguais pode ser algo difícil e prejudicial para nós.

Assim que comecei a buscar entender mais sobre o Yoga, mais respostas eu encontrava para as questões que circulavam por todo o meu ser. A partir de certo momento, tanto sofrimento não fazia mais nenhum sentido, ao mesmo tempo em que algo me dizia que era possível viver uma vida plena, tranquila e feliz.


O livro Bhagavad Gita, considerado uma obra essencial para a compreensão dos ensinamentos do Yoga, me trouxe muitos insights, e até mesmo, alívio em meu coração. Um deles, foi sobre o conceito de unidade.


Mas antes de explicar o porquê, devo dizer que, um de meus questionamentos, era sobre nossa capacidade de amar, de sentir compaixão, presença e verdade quando me relacionava com outras pessoas. Meu desejo, era o de abandonar relações e interações superficiais, a fim de encontrar transparência e pureza durante esses momentos.

Mas a pergunta era: como? Como olhar para o outro, com verdade, amor, compaixão, compreensão e sem julgamentos?


Foi aí, que o conceito de unidade passou a fazer sentido para mim. Em Bhagavad Gita, Krishna ensina para Ajurna, que todos nós somos a encarnação de Deus na Terra, e que portanto, somos divinos e sagrados. Aliás, que não só nós seres humanos, somos a representação do divino, como todos os seres vivos. E que se o divino está em todas as coisas, então todos são um. Krishna ensina a Arjuna que, embora o mundo pareça dançar com a diversidade, na realidade todas as pessoas - e todos os seres vivos - são um. E que toda a diferença e separação, são apenas uma ilusão.


Simples, mas complexo, não? Não existem formas de comprovar esse fato, ou não, por isso, observar como essa ideia ressoa com seus sentimentos e pensamentos, pode ser uma maneira de tentar entendê-la melhor.


Assim que comecei a praticar esse pensamento em meu dia a dia, senti que estava atingindo meu objetivo. Olhar para outro como se fosse eu mesma, mudou completamente minha perspectiva diante de todas as relações, e um incrível senso de compaixão tomou força dentro de mim.


Há porém, uma questão importante aqui. Até que ponto, é importante para nós respeitarmos nossas diferenças, e particularidades? Até mesmo, entender as diferenças entre emoções, sentimentos e momentos de vida, em que cada um de nós vivemos?


Sim, isso é extremamente importante, e acredito, que fundamental para que possamos viver em conjunto com nossa sociedade, amigos e familiares. Ver todos e tudo como um, é uma forma de expandir a consciência e de compreender que o que eu faço, e penso, afeta o próximo. Mas, isso não elimina o fato que de não posso viver por você, nem resolver seus problemas, assim como você não pode resolver os meus.


Somos todos um, mas somos diferentes, é uma frase ambígua e contraditória, por si só. Porém, acredito que seus ensinamentos são fruto de uma compreensão sutil, que só surge em uma mente, que já vem refletindo e experienciando os ensinamentos do Yoga, há algum tempo. Essas vivências, fazem do processo algo orgânico e individual, mas compartilhar sentimentos e opiniões, sobre o tema, pode nos ajudar a chegar aonde queremos e sentimos que conseguimos chegar.

 




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