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8 dicas para se relacionar melhor com suas emoções

  • Foto do escritor: BADDU
    BADDU
  • 18 de abr. de 2021
  • 5 min de leitura

 




 


Respire profundamente e pergunte-se: quais são minhas emoções nesse momento?


Observe os sentimentos que vêm à sua cabeça e veja se consegue entender seus motivos ou tirar alguma conclusão.

A resposta pode ser ansiedade, preocupação, cansaço, insatisfação com o presente, auto-cobrança, tristeza, medo, insegurança, baixa auto-estima, frustração ou sentimento de fracasso, neutralidade, vontade de fazer mais, coragem, força, paz, tranquilidade, disposição, satisfação, realização, alegria, compaixão, felicidade, gratidão, amor, entre outros.


Essas são apenas algumas das emoções que têm nos acompanhado e provavelmente nos guiado em nossos dias, gerando consequências em nossas vidas. Algumas delas vieram à sua mente? O que você sente ao identificá-las?


Em algum momento, quando passei a perguntar a mim mesma, "o que estou sentindo agora?", comecei a identificar algumas emoções. Primeiramente, tive uma sensação de auto-controle, o que já é um ganho imenso, quando você percebe que, talvez, ser totalmente guiado por suas emoções possa não ser uma das melhores ideias.


E por que digo isso? Não que as emoções sejam nossas inimigas, ou que seja errado seguí-las. O ponto aqui é: emoções são diferentes de intuições, nestas sim, quando claras e transparentes, eu acredito. Mas quando paramos para identificarmos nossas emoções, percebemos que elas são repetitivas e podem seguir determinados padrões mentais que se repetem.


Vamos considerar que queiramos que nossas vidas sejam de acordo com aquilo que acreditamos ser o melhor para nós. Como essa ideia parte do pressuposto de que nós sabemos o que queremos, como podemos deixar nossos destinos nas mãos de nossas emoções? Nós sabemos o que é, provavelmente, melhor para nós, mas nossas emoções não.


Portanto, ao refletir sobre esses fatos, passei a me perguntar: se eu não sou minhas emoções, mas muitas vezes, elas estão mais próximas de mim do que eu mesma, como eu faço para não me "misturar" à elas, e perder a clareza do que eu realmente quero fazer? E o que fazer com as emoções boas? Se essas sim, eu as quero bem perto de mim.


A primeira solução mais óbvia que me veio à mente, seria a de criar, então, uma distância entre mim, e minhas emoções. Assim eu teria pelo menos, mais tempo para identificá-las e desfrutar do auto-controle que esse ato gera. E aqui inicia-se um ciclo. Conforme você passa a identificar mais suas emoções, mais tempo você ganha antes de agir e menos elas te afetam. E as emoções boas? O que acontece com elas?


Nesse processo de "distanciamento das emoções", vivencio, diariamente, inúmeros aprendizados. No início, muitas vezes sentia dificuldade em apreciar o que apreciava antes. Passei a experenciar um sentimento de neutralidade. Mas ao longo do tempo, notei que ao me distanciar de minhas emoções, as positivas não desapareceram. Elas apenas tornaram-se mais sutis, e passaram a durar mais tempo.


Essas são algumas dicas para nos distanciarmos de nossas emoções a fim de evitarmos sofrimentos desnecessários:


1-) Saiba que você não é suas emoções, e nem seus pensamentos


Esse é o primeiro passo que precisamos dar para lidarmos melhor com nossas emoções. Entender que não somos nossos pensamentos é um tanto quando desafiador, pois não basta saber, mas também é preciso sentir e experenciar essa diferença. Uma maneira que nos ajuda a dar esse passo, é adotar uma postura de espectador de nossos pensamentos. Como espectadores, somos estáveis e assistimos a todos os pensamentos e emoções que passam por nós. Dessa forma, fica mais fácil compreender essa diferença. Procure adotar essa postura, se questionando o porque de determinado sentimento, por exemplo.


2-) Identifique suas emoções


O ato de perceber quando está com raiva, por exemplo, te coloca, automaticamente, em uma postura diferente em relação ao sentimento de raiva. Diga a si mesmo, sim, estou com raiva, ou estou triste, mas não sou essa emoção, portanto, da mesma forma que ela chegou, ela irá passar. E isso, provavelmente, voltará a se repetir. Dessa forma, não nos sentimos ameaçados pelos sentimentos ruins, pois sabemos que eles apenas passam por nós.


3-) Aceite e acolha suas emoções


A partir do momento em que sabemos que não somos nossas emoções, e que elas são passageiras, fica mais fácil de aceitá-las. Precisamos entender que é normal estarmos tristes, sentirmos raiva, assim como é normal estarmos felizes e alegres. Saber se respeitar e compreender o porque nos sentimos de determinada maneira é essencial para nos sentirmos mais seguros.


4-) Identifique a razão de suas emoções


Saber os motivos de nossas emoções nos traz paz e tranquilidade, pois entendemos sua causa e como, geralmente, agimos em relação à ela. Dessa forma, sabemos que não há razões para nos preocuparmos. As emoções são fundamentais para entendermos o que nos faz bem e o que nos faz mal. Dessa forma, conhecemos mais sobre nós mesmos. Sabemos os lugares que nos fazem bem, assim como as pessoas, as conversas, nossas relações, nossas ações e, basicamente, tudo o que experenciamos. Fica mais fácil tomar decisões em nossas vidas de acordo com esse auto-conhecimento.


5-) Aprenda com suas emoções


Todas as nossas emoções nos ensinam algo sobre alguma situação, ou sobre nós mesmos. Tornar-se especialista em nossas emoções nos ajuda a absorver os aprendizados de nossas situações de vida. Assim, passamos a agradecer às nossas emoções, mesmo quando são "ruins", pois as vemos como uma oportunidade de amadurecimento e aprendizado. Quando aprendemos o que nossas emoções têm a nos ensinar, elas passam a ser cada vez menos necessárias em nossas realidades.


6-) Não se apegue às emoções boas


Quando aprendemos que as emoções são passageiras, o mesmo se aplica às emoções boas e às ruins. Precisamos aprender a experenciar cada momento da melhor forma que podemos, e aceitar que tudo aquilo irá passar. Não queira "segurar" os sentimentos bons de alegria e felicidade, por exemplo. Deixe que eles durem o tempo que precisem durar. Assim, ficará mais fácil de conviver com a efememeridade de nossas emoções. Você perceberá que pode se sentir bem, independente de qual emoção estiver vivenciando.


7-) Não reaja aos seus impulsos


Quando se sentir ofendido, ao invés de agir de forma reativa, aguarde. Esse tempo é precisoso e pode gerar boas consequências. No mínimo, aquele famoso arrependimento de ter falado o que não deveria, será evitado. Ganhe esse tempo para refletir sobre a melhor forma de se expressar para manter como um príncipio, o respeito ao próximo. Ao não reagir, sobrará mais tempo para observar suas emoções e passar a ter mais controle de si mesmo. A reação é a forma mais cumum de sermos guiados por nossas emoções e nos arrependermos depois.


8-) Meditação


A meditação é uma técnica ótima quando queremos obter um espaço entre nós e nossas emoções. Ao meditarmos e sentirmos nossas mentes um pouco mais calmas e sem tantos pensamentos, percebemos que ainda existe algo em nós além dos pensamentos. Afinal, se ainda estamos vivos ao estarmos com nossas mentes vazias, para onde foram os pensamentos e nossas emoções? E como estamos aqui, sem eles? Assim, fica mais claro, que não somos nossos pensamentos e emoções, e que continuamos conscientes mesmo quando eles não estão presentes.



 


Como disse, nossas emoções fazem parte de nós, mas elas não são nossa totalidade. Assim, não podemos colocar em nossas emoções a responsabilidade de guiarem nossas vidas. Quando percebemos que elas são ferramentas ótimas para nos mostrarmos quem somos, tanto as boas, quanto as ruins, se tornam úteis para nós. Passamos a perceber que tudo é bom, e apenas as agradecemos. Quando conseguimos tirar os aprendizados que elas nos trazem, a vida passa a fazer mais sentido e decidimos o que já não precisamos mais, e o que ainda queremos experenciar.




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