5 Formas Para Se Nutrir e Criar Uma Boa Relação Com a Comida

29 anos já se passaram e me lembro de que a opção de fazer uma dieta, surgiu em minha vida quando eu tinha entre 13 e 14 anos. Naquela época não havia Instagram e as Redes Sociais estavam surgindo no Brasil, com o uso do Orkut.

Me lembro de duas coisas: uma delas, eu já enxergava meu corpo como inadequado, quando me comparava com os padrões da época e a segunda delas, é que a lembrança de minha primeira consulta com uma nutricionista, me traz um sabor amargo até hoje.

E isso, acredito, que tenha a ver, com mais duas coisas:

1. Com a lista de alimentos que eu poderia e deveria comer e não comer durante um dia, e assim sucessivamente (pelo resto da vida, provavelmente).

2. E com a falta de sentido que, no fundo, eu via, em me restringir, e sofrer tanto, para atingir o corpo dos sonhos (que eu por sinal, não acreditava de fato, que teria, a não ser que eu mudasse minha genética).

A combinação desses dois fatores, que compõe a realidade da maioria daqueles que não encontraram ainda, uma forma orgânica e saudável na relação entre alimentação, saúde e autoestima.

E como disse no início, 14 anos já se passaram e ainda continuo na busca em encontrar essa relação.

“Será que existe um vazio tão grande em mim, que um bolo de chocolate inteiro não é suficiente?”

Durante minha busca, entendi que esse assunto, pode ser mais complexo do que parece, e que sim, o autoconhecimento pode ajudar muito. Mas, e quando, surge a hipótese de que haja fatores ocultos envolvidos?

· Será que me sentia carente na infância?

· Será que me sentia abandonada?

· Será que existe um vazio tão grande em mim, que um bolo de chocolate inteiro não é suficiente?

· Será que meu estilo de vida está inadequado?

· Será que trabalho demais, me preocupo demais e devo ser uma pessoa mais relaxada?

· Será então, influência de frequências energéticas, em minha vida, que não posso ver?

· Por que, consigo ter uma alimentação rica e nutritiva, por apenas uma semana e depois “desisto”?

Afinal, por que não consigo simplesmente, me organizar, comer alimentos saudáveis, e ter uma relação positiva com minha alimentação?

E aqui, aproveito para te perguntar: Até que ponto a organização é importante? Ou até mesmo suficiente? Entendo que, sim, ela é importante, principalmente, quando se relaciona com a prioridade que damos à nossa saúde. Mas e quando, está tudo organizado, e mesmo assim, deixo o que está pronto para traz, e peço delivery?

Diante de tudo isso, uma coisa é fato: uma alimentação rica em alimentos naturais nos traz saúde e vitalidade. O consumo de açúcar, carboidratos, e alimentos industrializados em excesso, nos traz indisposição e doenças. Não seria simples, optarmos pela primeira opção?

Pois bem, chegamos até essa conclusão, e agora vamos para a ação. Enquanto ainda não somos aquela pessoa, que ama saladas, verduras e vegetais e come apenas o suficiente para ter disposição, de que forma seria possível prezar pela saúde física e mental? Aqui vão algumas dicas que aprendi, durante minha busca por entender melhor essa relação.

1.Adaptação dos pratos que mais ama, para versões mais saudáveis

Pode substituir um brownie cheio de açúcar e manteiga, por uma versão sem açúcar refinado e com algum vegetal em sua composição, como abóbora ou batata doce por exemplo (sim, já fiz e é bem gostoso).

Se gosta de comer massas à noite, pode criar um prato sem farinha refinada e com um molho delicioso de tomates frescos.

Ou então, no café da tarde, precisa de algo que te traga aconchego? Que tal preparar um copo de leite vegetal com Matchá e Golden Milk?

2.Sim, organização é importante, mas não precisa ser algo pesado

Tudo o que é pesado, se torna difícil de manter. Por isso, torne esse processo o mais leve possível. Nada de fazer força tarefa que exija a maior parte de seus dias voltada para o preparo e organização de comidas. Lembre-se: a alimentação deve ser algo simples.

3.Faça seus preparos com amor

Escolha um momento tranquilo, e sem pressa comece a preparar o que você já pode deixar pronto para a semana. Enquanto estiver cozinhando, tente estar presente e olhar todos os alimentos com carinho e gratidão por eles estarem ali. Sua comida terá outro sabor!

4.O visual importa, sim!

Ao finalizar seus pratos para serem consumidos, capriche no visual. Seu cérebro entenderá que você está consumindo uma refeição pra lá de completa, se seu prato estiver lindo! Tenha cuidado, valorize esse momento.

5.Substitua o caos, pela felicidade

Se você, assim como eu, possui momentos em que a alimentação se torna um caos em sua vida, não se force a ser quem você não é. Hoje em dia, vemos muitas pessoas dizendo por aí, que amam se alimentar de forma saudável, e sim, que bom que isso é possível para elas. Se você não se sente dessa forma, está tudo bem!

Vamos olhar por outra perspectiva. É provável que você tenha raiva da pobre alface se você se sentir obrigado a consumi-la em um dia frio, certo? Assim, como é provável que você olhe para um pedaço de bolo de chocolate e veja a salvação de seu dia, quando se sente atribulado mentalmente, correto?

Pois bem, e se, substituirmos essas experiências traumáticas, por momentos de prazer, autocuidado, tranquilidade e felicidade enquanto se alimenta de algo? E aqui eu digo, independente do que for. Comer em paz, é o objetivo aqui. Assim, um novo hábito, mais simples do que parece, poderá ser adotado, e seus dias, ficarão, no mínimo, mais leves.

Chegamos agora, ao fim dessa reflexão e espero ter te ajudado com essas questões.

Sabemos que, para muitos de nós, a alimentação, não é algo tão simples como deve ser, e que muitas vezes, precisamos nadar contra a correnteza. E só de pensar nessa frase, já me sinto cansada. Que tal então, driblarmos a correnteza? Que diante de tudo isso, fique um aprendizado: tudo o que é leve, perdura. Tudo o que é pesado, rapidamente se desfalece.